Eu tô sentada em casa vendo qualquer merda na TV
Há muito não entendo nada e sempre tenho o que dizer
Parapapá parapaiê
Para-palpite te fuder
Ás vezes peito aberto, alma leve, às vezes grosseirão
Se ouve, não reflete, não procura e se acha campeão
Parapapa parapaiê
Parapapinho, de fuder
O teu papinho é de fuder
Dinheiro, corpo farto, social, sangue-frio, opaco
Eu compro um tênis novo e morre alguém
Corro, paro, olho, choro, grito
Eu ando a cada dia mais vulgar e aflito
O mundo é um skinhead eu sou um gay
Quem vem lá? Quem vem lá?
Lilibido-eterno-cio
Se buceta eu sou uma vadia
Se piroca, vem sentar na minha
Só quero preencher o meu vazio
Ah, ah, ah, ah
Eu vou meter até me acabar
Querem te botar nos eixos
Querem te amarrar e te manter por perto
Ninguém quer liberdade pra ninguém
Ninguém
Ninguém
Ninguém